Agora era a nossa vez. Tocamos a campainha do vizinho e entregamos o bolo. Rod nos convidou para tomar um vinho com ele no final da tarde. Ele mora só. É separado e tem dois filhos. Sua ocupação? Aposentado da CIA. Depois acrescentou, fazendo graça:
- “Agora passo o tempo vigiando os vizinhos. “-
Logo descemos para Rod nos mostrar o basement. Pendurada na parede, conviviam uma nojenta cabeça empalhada de porco, outra de vaca, uma de veado e a última eu já nem sei... Pois comecei a imaginar pendurada ali a cabeça das minhas filhas, a do meu marido e a minha.
Ao lado dos bichos, vinham as armas.
E do nosso lado, ou contra nós, Rod, o vizinho americano.
Há 14 anos
5 comentários:
Oi Dri, muito boas suas crônicas perdidas na América! Fico pensando neste seu vizinho, veterano do Vietnam e da CIA e comparando-o com os meus aqui em São Paulo. Paro o carro para abrir o portão da garagem e entro tão rápido que não dá nem tempo de ver a cara de um deles. Se aparecer algum na porta, acho que de susto já chamo a polícia... Devem ter muitas armas nas casas daqui, mas as que preocupam são as armas que andam pelas ruas. Há uma nova modalidade de assalto por estas bandas da paulicéia: abordagens-relâmpago. Motoqueiros, armados circulam entre 5 e 11 horas da noite, procurando pelo povo que chega do trabalho. Depois de tomar a bolsa do incauto, somem em um segundo. Há alguns dias vi uma perseguição de um deles no bairro. Deu pena dos policiais...
Espero que o bolo tenha saido tijolao mesmo... Mas concordo com o comentario de Paulo, infelizmente.
Ah bom... aqui está o fim da história.
Tive o prazer de ouvir essa história pessoalmente.
Louca para conhecer o monstro do basement...
Um cara desse como vizinho parece filme de suspense.
abraço
manu
o que eu estava procurando, obrigado
Postar um comentário