quinta-feira, 26 de março de 2009

Mico

Mico
Entrei na loja para trocar uma blusa que ganhei mas ficou grande. Logo um vendedor solícito apareceu.
- Você tem desta mesma peça, mas tamanho P?
- O quê?-
- Do you have P?
- O quê?- perguntou o vendedor corado, cobrindo a boca com a mão, completamente sem graça. Foi aí que percebi. Ao invés de perguntar se ele tinha o tamanho S, small, perguntei P, de pequeno.
Repeti a pergunta, desta vez trocando o P por S. E fingi que o doido ali era ele, que demorou entender uma questão tão simples.
- Do you have S, small?
- Vou checar.- e o vendedor saiu para o lado errado, tão atrapalhado com uma simples pergunta.
Só porquê me enganei e perguntei se ele tinha xixi! Estes americanos são muito envergonhados. Tststs.

domingo, 15 de março de 2009

Com vocês, minha xará!

Hoje convidei uma amiga para falar aqui no blog, Adriana Maximiliano. Além de companheira de América, a Dri é jornalista, tem dois filhos que nasceram por aqui e coleciona boas histórias pra contar. Aproveitem.
Com vocês, minha xará!
bjs
Adriana

'O melhor amigo da minha filha Babi, de 3 anos, é búlgaro. A primeira babá dela só falava uma língua, polonês. Ela participou de uma colônia de férias em francês no ano passado. A partir de setembro, vai estudar numa escola inglês-chinês. Os aniversários da Babi costumam ter representantes de mais de dez países. E, se você oferecer um pirulito, é grande a chance de ela, sorrindo, dizer: "Muchas gracias!". Antes que alguém quebre a cabeça tentando imaginar onde moramos, eu conto: em Washington. Com tantas embaixadas, organizações internacionais e jornalistas do mundo todo, os parquinhos de Washington são como torres de Babel. É difícil encontrar uma criança que fale apenas um idioma. É claro que tem um preço. Só agora, aos 3 anos e meio, minha filha está soltando a(s) língua(s). Em casa, ela fala português. Com os outros, inglês e espanhol. E, segundo a mãe do Philip, Babi arrisca palavras em búlgaro quando brinca na casa deles. Quem já passou por isso conta que a vida não vai ser tão fácil quanto parece agora. Temos um casal de amigos cariocas que avisou: "Não relaxe nunca. Imponha o português em casa". O filho deles, de 10 anos, visita os avós no Brasil todo ano, mas só fala inglês. Outro casal de brasileiros, cujo filho da mesma idade fala as duas línguas, contou que se fazia de surdo e até deixava o menino chorar de sede se ele pedia "water". Um terceiro acha engraçado o sotaque do português do filho, que aumenta ano após ano. Eu faço questão de que minha filha – e, logo, logo, meu filho, de 6 meses - aprenda e goste do português. Sou jornalista e basta saber que ela vai demorar a ler em português, já que vai ser alfabetizada em inglês. E chinês. Minha casa é cheia de Turma da Mônica, Monteiro Lobato e Ziraldo e passamos cerca de um mês no Brasil todo ano. Mas acredito que o mais importante é ensinar a amar nosso país. Dia desses, eu e meu marido fomos convidados a falar sobre o Brasil na classe dela. Claro que, diante de 18 crianças de 3 anos, escolhi apenas temas gostosos: praia, futebol, Amazônia, carnaval e brigadeiro. (Se daqui a duas décadas, os 18 chegarem ao Brasil de mala e cuia, a culpa é minha.) Todos adoraram saber que existe Ipanema, amaram os palhaços do bloco Gigantes da Lira, dançaram com chapéus do Olodum e bandeirinhas que eu ganhei na embaixada, levaram para casa cartões postais de tucanos e se lambuzaram com meus brigadeiros. Mas nenhum deles estava mais feliz do que a Babi. Ela foi a primeira a dizer que o mapa do Brasil tinha forma de coração e, no meio da apresentação, enquanto eu botava Jorge Benjor para cantar "País Tropical" e meu marido, de terno e gravata, fazia embaixadinhas, ela mandou: "I love you, papai. I love you, mamãe!". Assim mesmo, misturando tudo. Não me fiz de surda e respondi: "Também te amo, Babi". No dia seguinte, quando fui acordá-la para ir a escola, ela disse, em português: "Não quero ir para a escola hoje, mamãe. Eu quero ir para o Brasil!". Isso, sim, não tem preço.'

terça-feira, 10 de março de 2009

Furo de Reportagem


O casal mais famoso do planeta foi ver as filhas jogarem basquete na escola da nossa filha caçula. A pequena não estava lá e nem joga basquete. Mero detalhe. Mas um garoto malandro tirou esta fotografia sem a turma do Serviço Secreto perceber e está espalhando cópias na escola.
O pessoal da escola ficou em polvorosa e quer colocar uma placa onde o Obama sentou. O filho de uma amiga brincou " Vão escrever o quê? Aqui Obama colocou seu bumbum?"
Nossa filha disse que só daria entrevistas "se alguém pagasse", pode?
Pois é… a foto foi parar numa coluna de um jornal de São Paulo. Copiaram uma mensagem que a gente enviou a alguns amigos e publicaram lá- sem pagar um chocolate para a pequena.
Mostrei a nota na coluna do jornal pra Laura, achando que ela fosse se alegrar com a fama súbita. Mas sabe qual foi a reação da pequena? Abriu ainda mais os olhos gigantes: "E agora, mãe? E se o FBI descobre que a tal Laura sou eu? "
Depois que eu lhe garanti " proteção", a pequena pediu que eu esclarecesse aqui no blog dois erros crassos publicados no jornal:
"Primeiro, eu não estudo na mesma escola que a filha do Obama.
Segundo, a escola não é em DC, mas em Maryland. "
Laura pode até não ter estatura para o basquete, mas faro pela notícia a pequena tem.
Dá-lhe Laurinha!

domingo, 8 de março de 2009

Dia Internacional das Mulheres

Muito bom este cartoon. Sei que está minúsculo, mas foi impossível reproduzí-lo em tamanho legível. Então, aqui vai a texto pra vocês.

- Quando vou ganhar meu presente, pai?
- Uhh...presente pra que?
- Hoje é dia internacional das mulheres, então, eu não ganho um presente por ser uma mulher?
- Bem, você é ainda uma menina, não uma mulher.
- Ahhh, isto não é justo!! Quanto tempo tenho que esperar para ser uma mulher oficialmente?
- Oh...provavelmente pra sempre.
- O QUÊ? POR QUÊ?!!!
- Porque eu sou seu pai, e pra mim não importa quão velha você é, você minha filha, sempre será minha menininha.
A menina primeiro fica triste, logo sorri.
- Eu te disse que não era um feriado de dar presente- diz pra ela seu animal de pelúcia.
- Ah- a garota responde suspirando, com corações ao redor dela.- É sim.

Aiai meu papai!



sábado, 7 de março de 2009

Mulher de Palavra

- Sabia que você iria voltar!!!
- Mentiroso. Sabia nada.
- Você sempre disse no blog que não é uma mulher de palavra.
- Que é isso? Quem te deu intimidade pra falar assim de mim?
- Você mesma, oras.
- Você entendeu mal. Se dou minha palavra, pode contar com ela. O negócio é que mudo muito de idéia.
- Dá na mesma.
- Completamente diferente. Senti falta de contar as coisas que vejo neste mundão.
- O que importa é que você voltou.
- Por enquanto.
- Até acabar seu tempo de América, pelo menos, vai?
- Bora lá.