terça-feira, 21 de abril de 2009

Pior Que Telefone Sem Fio


Hoje tem uma matéria no Washington Post, contando como as barreiras de linguagem criam ainda mais complicações para os problemas médicos de imigrantes. Segundo o artigo, mesmo imigrantes que falam inglês suficiente pra trabalhar, sofrem um bocado na hora de entender os jargões médicos. E os diagnósticos complicados criam ansiedade que só agravam os mal-entendidos na comunicação. Na falta de intérpretes, os médicos também entendem tudo errado. O négocio é pior que telefone sem fio.
Um médico conta, por exemplo, o caso de uma mãe que colocou antibiótico no ouvido do filho. Em outro caso, uma mulher chegou com a filha dizendo que a menina se debatia. O médico entendeu que a mãe batia na criança. Resultado: a mãe perdeu a custódia da filha.
Outro paciente chegou gritando, e o médico só entendia:
-Devil, devil- (diabo, diabo)
Antes que encaminhassem o sujeito para um hospício, um enfermeiro bilingue ajudou a clarear a confusão. O homem gritava em espanhol”Debil, debil”, querendo explicar que se sentia fraco.
Se for ao médico na América, preparee-se antes da consulta, caso contrário, sabe-se lá o que te espera.

5 comentários:

Anônimo disse...

ai que meda! se eu entrar num hospital daí tô frita.

Renata disse...

Já é difícil entender os jargões médicos na língua materna, quiçá em inglês.
bj
Renata

Cris disse...

Renata, além dos jargões incompreensíveis, vc por um acaso decifra a letra dos tais doutores? Na hora de tomar o medicamento nunca decifro na receita a dosagem recomendada.
Cris

Anônimo disse...

engraçado e triste a matéria. imagine a mãe perder a guarda da filha por falha de comunicação

Luis disse...

Falando em perder guarda de filhos, li sua matéria no Valor Econômico contando sobre adolescentes abandonados em Nebraska. Não sabia que você era jornalista! Parabéns, muito boa. Avise quando tiver mais.
Luis