- Pra mim o Obama venceu o debate- sentenciou um dos jornalistas que acabara de voltar do Mississippi.
- Olhe, discordo- disse o cientista político- acho que o McCain se saiu muito bem no final. O Obama estava um pouco tímido.
- E aí, o Obama vence ou não?- sondou outro.
- Não ponho minha mão no fogo. Nas pesquisas não aparecem os eleitores que têm vergonha de confessar que não votam no Obama porque ele é negro.
- Você acha mesmo que o racismo nos Estados Unidos é deste tamanho?
- Não tenho dúvida.
- Mas o Obama é um preto muito do branco.
- Os mexicanos não suportam os negros, são os mais racistas de todos.
- Não é por racismo não. É porque os negros disputam mão de obra barata com eles.
- Pra mim- palpitou outra- o resultado das eleições vai depender do tempo.
- Tá doida?
- Tô nada. O voto não é obrigatório. Se chover, os republicanos mais velhos não saem de casa...
- Você está enganada. Republicano é capaz de subir ladeira em cadeira de rodas, mas por nada abre mão de votar.
- Pois nossa vizinha republicana contou que está decepcionada com o McCain. “Onde já se viu, colocar uma mulher de vice?“. E ela própria mulher, disse que nunquinha votará numa mulher, pode isso?
- Olhe- enfim falou o pai de minha amiga, com seu delicioso sotaque do Pará- comecei uma pesquisa aqui no bairro. E digo à vocês, o povo é preconceituoso.
- Ô paiusco- surpreendeu-se minha amiga- desde quando cê tá pesquisando?
- Minha filha, muito simples. Visto um boné escrito Obama e vou pra rua. Primeiro veio um negro, abriu aquele sorriso e fez sinal de positivo. Depois, um branco me mediu, eu disse hi, e o sujeito nem respondeu. E não foi só um não, aconteceu de monte.
Dentre tantos jornalistas, cientistas e mais istas, fico com o paiusco. Vou logo providenciar um bonezinho e sair com ele pelo bairro. Nem preciso concluir nada desta pesquisa, pois a companhia do paiusco vale mais que qualquer pacote econômico.
Bóra com a gente?
- E aí, o Obama vence ou não?- sondou outro.
- Não ponho minha mão no fogo. Nas pesquisas não aparecem os eleitores que têm vergonha de confessar que não votam no Obama porque ele é negro.
- Você acha mesmo que o racismo nos Estados Unidos é deste tamanho?
- Não tenho dúvida.
- Mas o Obama é um preto muito do branco.
- Os mexicanos não suportam os negros, são os mais racistas de todos.
- Não é por racismo não. É porque os negros disputam mão de obra barata com eles.
- Pra mim- palpitou outra- o resultado das eleições vai depender do tempo.
- Tá doida?
- Tô nada. O voto não é obrigatório. Se chover, os republicanos mais velhos não saem de casa...
- Você está enganada. Republicano é capaz de subir ladeira em cadeira de rodas, mas por nada abre mão de votar.
- Pois nossa vizinha republicana contou que está decepcionada com o McCain. “Onde já se viu, colocar uma mulher de vice?“. E ela própria mulher, disse que nunquinha votará numa mulher, pode isso?
- Olhe- enfim falou o pai de minha amiga, com seu delicioso sotaque do Pará- comecei uma pesquisa aqui no bairro. E digo à vocês, o povo é preconceituoso.
- Ô paiusco- surpreendeu-se minha amiga- desde quando cê tá pesquisando?
- Minha filha, muito simples. Visto um boné escrito Obama e vou pra rua. Primeiro veio um negro, abriu aquele sorriso e fez sinal de positivo. Depois, um branco me mediu, eu disse hi, e o sujeito nem respondeu. E não foi só um não, aconteceu de monte.
Dentre tantos jornalistas, cientistas e mais istas, fico com o paiusco. Vou logo providenciar um bonezinho e sair com ele pelo bairro. Nem preciso concluir nada desta pesquisa, pois a companhia do paiusco vale mais que qualquer pacote econômico.
Bóra com a gente?