Nossa caçula, Laura, fez oito anos.
Aqui as festas para crianças duram duas horas cravadas. Convida-se de cinco a dez amigos. Os pais, todos ao mesmo tempo, chegam no horário agendado para recolher os rebentos na porta. Ninguém entra para comer um pedaço do bolo ou tomar uma cervejinha. Este é o script usual no país.
Procuramos seguí-lo, mas foi impossível!
Demos uma festa em casa para dezoito crianças. Tudo correu bem. Na hora do parabéns seguimos o ritual universal: apagamos as luzes, chamamos todos, acendemos as velas e:
“Paaaaaa...”
O Baltha e eu começamos a puxar a melodia do parabéns pela primeira sílaba, esticando para que todos se juntasssem a nós e déssemos continuidade juntos. Só que ninguém nos seguiu. As crianças olhavam para nós com cara de:
“Que raios está acontecendo?”
Enquanto nossas filhas envergonhadas lamentavam o “mico”.
E nós lá: “Paaaaaa...”
OK. Entendemos. Erramos o idioma. Desculpem. Largamos o “Paaaaaaa...rabéns” brasileiro e começamos o “Haaaaaa...ppy” americano. Em uníssono as crianças nos acompanharam. Mas sabe o que descobri? Parabéns americano não tem palmas. Pensa que é bobagem? Experimenta cantar parabéns sem acompanhamento das palmas! E em inglês, meus caros. Não quis nem saber, a festa era da minha filha e fiz do jeito que aprendi desde sempre. Em inglês, tudo bem. Mas as palmas ninguém tira de mim.
Claro que, além das bexigas, estouramos o tempo da festa. Quando os pais chegaram para buscar as crianças, elas ainda estavam com a venda nos olhos tentando furar a piñata, o balão cheio de doces. Mas só acertavam nosso braço! Alguns pais aderiram à brasilidade com muito gosto. Entraram, comeram e bateram papo.
Depois disso, além da bola de futebol, os americanos ficaram fãs daquela outra bola marrom, doce e deliciosa. Devem estar passando mal até agora, pois os brigadeiros acabaram em um minuto.
Aqui as festas para crianças duram duas horas cravadas. Convida-se de cinco a dez amigos. Os pais, todos ao mesmo tempo, chegam no horário agendado para recolher os rebentos na porta. Ninguém entra para comer um pedaço do bolo ou tomar uma cervejinha. Este é o script usual no país.
Procuramos seguí-lo, mas foi impossível!
Demos uma festa em casa para dezoito crianças. Tudo correu bem. Na hora do parabéns seguimos o ritual universal: apagamos as luzes, chamamos todos, acendemos as velas e:
“Paaaaaa...”
O Baltha e eu começamos a puxar a melodia do parabéns pela primeira sílaba, esticando para que todos se juntasssem a nós e déssemos continuidade juntos. Só que ninguém nos seguiu. As crianças olhavam para nós com cara de:
“Que raios está acontecendo?”
Enquanto nossas filhas envergonhadas lamentavam o “mico”.
E nós lá: “Paaaaaa...”
OK. Entendemos. Erramos o idioma. Desculpem. Largamos o “Paaaaaaa...rabéns” brasileiro e começamos o “Haaaaaa...ppy” americano. Em uníssono as crianças nos acompanharam. Mas sabe o que descobri? Parabéns americano não tem palmas. Pensa que é bobagem? Experimenta cantar parabéns sem acompanhamento das palmas! E em inglês, meus caros. Não quis nem saber, a festa era da minha filha e fiz do jeito que aprendi desde sempre. Em inglês, tudo bem. Mas as palmas ninguém tira de mim.
Claro que, além das bexigas, estouramos o tempo da festa. Quando os pais chegaram para buscar as crianças, elas ainda estavam com a venda nos olhos tentando furar a piñata, o balão cheio de doces. Mas só acertavam nosso braço! Alguns pais aderiram à brasilidade com muito gosto. Entraram, comeram e bateram papo.
Depois disso, além da bola de futebol, os americanos ficaram fãs daquela outra bola marrom, doce e deliciosa. Devem estar passando mal até agora, pois os brigadeiros acabaram em um minuto.