A conversa entre as nossas filhas é uma mistura de inglês com português, o que tem criado uma terceira língua. Outro dia uma delas perguntou:
"Cadê minhas gluvas?"
A gente insiste para que elas falem em português em casa. Mas, afinal, onde é a nossa casa?
Visitamos nosso apartamento na última vez que fomos ao Brasil. Ele está alugado. Assim que saímos de lá, nossa caçula desabafou baixinho:
"O quê aquele menininho estava fazendo no meu quarto?"
No Brasil costumamos ficar na casa de minha mãe. A mesma casa em que meus irmãos e eu moramos quando crianças. Não havia prédios quando nos mudamos para lá. Hoje eles cercaram a casa, mas ela criou raízes e resiste acolhedora, bem no meio do quarteirão.
Comida "da vó", dengo "da vó". Mas depois da primeira semana vem aquela necessidade de "ir pra nossa casa" , que não é a da vó, nem o apartamento alugado na Vila Madalena e tão pouco a nossa aqui nos Estados Unidos.
Na"nossa casa" nos EUA, tem num canto da sala um "pedaço de Brasil". Parece um santuário: uma mesinha que pintei de amarelo, onde vivem três bonecas brasileiras de barro e uma mineira namoradeira.
Mas esta casa também não é a "nossa casa", porque estamos aqui temporariamente e um dia vamos voltar para o Brasil.
Depois deste tempo vivendo aqui, onde afinal é a nossa casa?
"Cadê minhas gluvas?"
A gente insiste para que elas falem em português em casa. Mas, afinal, onde é a nossa casa?
Visitamos nosso apartamento na última vez que fomos ao Brasil. Ele está alugado. Assim que saímos de lá, nossa caçula desabafou baixinho:
"O quê aquele menininho estava fazendo no meu quarto?"
No Brasil costumamos ficar na casa de minha mãe. A mesma casa em que meus irmãos e eu moramos quando crianças. Não havia prédios quando nos mudamos para lá. Hoje eles cercaram a casa, mas ela criou raízes e resiste acolhedora, bem no meio do quarteirão.
Comida "da vó", dengo "da vó". Mas depois da primeira semana vem aquela necessidade de "ir pra nossa casa" , que não é a da vó, nem o apartamento alugado na Vila Madalena e tão pouco a nossa aqui nos Estados Unidos.
Na"nossa casa" nos EUA, tem num canto da sala um "pedaço de Brasil". Parece um santuário: uma mesinha que pintei de amarelo, onde vivem três bonecas brasileiras de barro e uma mineira namoradeira.
Mas esta casa também não é a "nossa casa", porque estamos aqui temporariamente e um dia vamos voltar para o Brasil.
Depois deste tempo vivendo aqui, onde afinal é a nossa casa?
13 comentários:
Adorei as "gluvas"!
Muitoooo bom, parab[ens
Maria
A nossa casa sempre será de vcs também. um grande beijo
marina
Uau, a casa da avó sobrevivendo no meio do quarteirão é uma imagem muito forte.
Lúcia
acabei de votar no perdidanaamerica como melhor blog para o prêmio ibest!!!
Vou divulgar para os amigos.
abraço
Selma
a idéia das gluvas é o máximo, tão original, sua filha mais velha que deu a ideia, huh!
ciao
banana
oi Adriana, quer dizer que o menino invadiu o quarto da sua caçula?
bjs mariposa
adriana,
acabei de descobrir seu blog, li desde o começo. Muitoooo bom.
Virei leitor.
parabéns
matheus
Quer dizer que vc dança, escreve, ensabôa e ainda sabe pintar? A mesa é essa que aparece no blog?
Beijão
Fê
Adriana, a gente se sente exatamente como você tão bem descreveu, "homeless" vivendo fora do nosso país.
super beijo
Catarina
Oi,"Porcariazinha" tão querida, saudades!!!
Que "gluvas" mais deliciosas, gente!
Há tempos quero te escrever. Vou ler sempre suas gostosíssimas histórias pra ficar mais perto.
Bjs cheinhos de amor,
Helô
Helô!!!!
Adorei encontrar mensagem sua aqui "Porcaria".
bj gigante
Dri
Não, Mariposa, o menino era só um garoto que estava morando lá de alguel junto com sua família(imagino eu.
Até eu que tenho 11 anos entendi!hsuahsua
Adriana seu blog está ótimo!Continue assim!
Beijos
Ca
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